Maltine do bairro #10 - Às vezes tudo que resta é resistir
Andei quietinha por aqui, né? É que sinceramente a vontade é de deitar em posição fetal e ir me encolhendo até desaparecer.
Não sei exatamente o que causou essa ‘recaída’, mas sei que o cenário político atual tem contribuído - e muito! - pra que a intensidade das crises de ansiedade seja cada vez maior e a depressão, bom, você deve saber como é a essa altura. Já reclamei bastante. É complicado, porque trabalho conectada, e claramente não existe ambiente mais tóxico pra estar esses dias. Sério: andei respondendo até mensagem política de tio em grupo de família. Eu, que deixo o WhatsApp mudo o máximo possível já pra não me estressar. E que sei que certos conflitos não valem a pena.
Se você é parte da bolha também e está se sentindo assim, meu mais sincero abraço virtual. Sigamos resistindo e olhando para o que tiramos de bom dos últimos dias.
(Não era nem disso que eu tinha vindo falar.)
Primeiro vamos mudar a vibe desse email com uma mágica apresentação do P!ATD no AMA cantando “Bohemian Rhapsody”.
Sério, aperta o play aí. O Brendon Urie tem a habilidade de arrepiar até os pelos do meu fiofó. Que homem.
E já que mencionei meu fiofó e adentramos no momento de intimidade dessa cartinha: nas últimas semanas, apesar de ter sumido daqui, o podcast seguiu a todo vapor! Falamos de Rejeição, Intimidade e Solidão.
Teve até especial de emails - nomeamos a seção de ABRAÇO COLETIVO, porque sinceramente é isso que todo mundo anda precisando, haha.
Segue a gente no twitter e no instagram, manda emails lá no estamostodosexaustos@gmail.com e vamos conversar. Tá sendo legal demais construir isso. O Vitor manda super bem na edição, o Fran é uma alma claramente de outro planeta e eu sempre me divirto produzindo com pessoas que amo. Aliás, o podcast é um dos motivos de não aparecer tanto aqui - eu meio que consigo descarregar por lá as energias acumuladas, aí acabo tendo menos o que contar no email. Mas a verdade é que tava cheia de trabalho, de repouso da cirurgia e com os transtorninhos todos batendo à porta (ainda estou) e por isso acabei deixando as coisas de lado pra não enlouquecer. Senti falta da news. Ainda sinto, inclusive. Logo ela volta a ser como no início, espero.
Poxa, fiquei tanto tempo longe que esqueci de contar por aqui a melhor notícia dos últimos tempos: ESTOU CURADA. Sim!!! Saíram os resultados dos exames e tudo que havia de maligno em meu corpinho foi removido, não vou precisar nem mesmo fazer a iodoterapia. Agora é só tomar meus hormônios todo dia e cuidar da cicatriz de noiva de Chucky mesmo!
Ainda bem que eu já nasci a cara dela mesmo.
E olha, parece bem simples, mas cuidados com a pele não são meu forte. Só preciso passar filtro solar todos os dias e já é um bicho de sete cabeças: sempre começo fazendo as coisas super empolgada e, três dias depois, não lembro mais de porra nenhuma. Pior que não adianta botar alarme, porque me acostumo a ignorar. E não adianta pedir pra me avisarem, porque odeio gente me dando ordem. Dá pra ter uma noção do quanto sou doida, né?
Mas é isso: tá tudo bem, tamos aí engolindo os comprimidinho e passando o filtro solar. Por enquanto não esqueci nenhum dia.
Aproveitei esse tempo de molho pra terminar de ver Brooklyn 99. Agora eu estou devastada que não tenho mais Brooklyn 99 pra ver. Não que não dê pra ver tudo de novo outra vez, etc, mas né? Não tem condições, já tô com muita saudade do meu Peraltinha lindo, meu amor. E o Terry? E a Rosa? O HOLT MEU DEUS, COMO EU VOU FICAR SEM O HOLT???
Você também tem aquelas series pra assistir 900 vezes enquanto faz as coisas? Sei lá, como passo o dia todo sozinha, amo colocar minhas séries favoritas num dos monitores enquanto escrevo e desenho. Meus amigos são os personagens. Não sei se isso é triste, se é vergonhoso ou se é as duas coisas, mas seguimos aí, né. Pelo menos me faz feliz.
E sabe quem voltou? American Horror Story! Como sempre, o começo é a coisa mais doida e confusa do mundo, mas confesso que tô amando porque é bom demais fugir da realidade com o Ryan Murphy. Além disso, convenhamos, senti falta do meu Coven querido.
Preciso fazer uma pausa aqui porque tava escrevendo esse email e começou a tocar How To Save a Life do The Fray. Minha única reação é chorar mesmo, peço perdão. Não consigo ouvir The Fray e ficar numa boa.
Por que tem isso no meu shuffle?
Pronto.
Nas últimas duas semanas também liberei vídeos no meu canal! Um papo sobre inspiração e o suor que é viver de arte com a Marina Viabone e uma conversa meio doida com a Nanaths sobre todo o caminho que ela percorreu até chegar no livro, que ela lançou no último mês, e na lojinha, que lançou em março. As duas são incríveis e me inspiram demais, amei que elas me chamaram pra gravar! São vídeos longos, mas você pode dar o play e fingir que é podcast. O papo tá legal!
No vídeo que foi pro canal da Marina falamos sobre como inspiração é um processo, viver de arte pode ser solitário e cuidar da saúde mental é essencial e no vídeo que foi pro canal da Nath eu falei sobre os livros e como foi pra criar cada um deles. Tão chuchuzinho mesmo.
Já que o assunto são os projetos em andamento: comecei e abandonei o #inktober porque estou com 900 ilustras pra entregar e as coisas estão funcionando DEVAGAAAAR na minha vida. Mas as ilustras estão ficando lindas e eu vou amar ver nas mãos de todo mundo. Não posso dar spoiler porém tem a ver com uma marca que gosto muito. <3
Também tô afim de fazer uma lojinha com prints e outras coisinhas. Já contei aqui? Pois é. Aliás, manda jobs. Compra prints. Tá osso ser adulta.
E, pra encerrar, deixo aqui essa imagem deliciosa.
Beijos!