Maltine do bairro #11 - Mais terapia que cartinha, na verdade
"Cada amigo representa um mundo em nós, um mundo possivelmente não nascido até que eles cheguem, e é somente por essa reunião que um novo mundo nasce." (Anais Nin)
O episódio dessa semana do podcast é sobre amizades. Quinta-feira no ar. Essa cartinha também é, de certa forma.
Você já passou por algum momento complicado na sua vida, do tipo que causa mal estar físico até hoje - ou que causou por muito tempo?
Eu já passei por maus bocados. E, sinceramente, fico desanimada toda vez que me dou conta de que a gente nunca aprende a lidar com certos encerramentos.
Passa uma dor, vem outra e por mais que o gelo no estômago, a palpitação, a falta de ar e a sensação de morte iminente sejam as mesmas, por mais que a gente consiga imediatamente entender que aquilo é uma reação psicológica e que não, não vai morrer, é muito difícil fazer passar. Um encontro breve, de alguns segundos, pode destruir um dia inteiro. Às vezes é uma mensagem no celular, ou uma postagem em rede social. Às vezes um objeto aleatório que dispara uma memória inesperada.
Fico me perguntando até que ponto isso é culpa minha, até onde minha burrice, minha carência ou minha inocência acabam permitindo que eu seja leal a pessoas e situações sem recíproca. Fiquei mais de um ano isolada no meu apartamento porque definitivamente a única solução que me parecia plausível era não me relacionar com ninguém. Sem chance de rasteiras.
A gente se apega às coisas mais inexplicáveis pela nossa saúde mental. Abandona lugares que antes foram especiais, aprende a usar os filtros e algoritmos das redes sociais, conjuga o verbo “silenciar” mais do que gostaria. Com o tempo, vai criando um mundo ideal, se fechando numa bolha. Os sustos diminuem, mas eles ainda estão lá. Na vida real não tem nada disso. Você sempre pode ser pego de surpresa.
E a solidão também não ajuda. Quanto mais a gente se fecha, mais difícil fica de lidar com o mundo. Sinceramente, é importante estar lá fora. É gostoso compartilhar a vida, em maior ou menor grau, com pessoas que amamos. Infelizmente, não existe a garantia de recíproca. De lealdade. De sinceridade, que seja. O que nos resta é aceitar a dor como possibilidade e entender que pode ser ruim com ela, mas pior sem. Aprender a ler os sinais que a vida nos dá o tempo todo a respeito das pessoas que escolhemos para caminhar ao nosso lado.
Já não estou mais sozinha. Tenho me reconectado com o mundo e com quem amo. As feridas ainda não cicatrizaram, infelizmente. Hoje foi mais um daqueles dias em que vi minha energia drenada em questão de segundos. Fiz o que pude: respirei fundo, coloquei uma playlist gostosa pra tocar, fui desenhar um pouco. Às vezes funciona. Às vezes só melhoro deitando e dormindo até o peito parar de apertar. O importante é respeitar o que meu corpo pede.
E meu corpo pede liberdade, paz, honestidade e carinho.
É isso que quero oferecer a ele.
Tudo que me ameaçar, eu posso mandar pra longe. Eu devo isso a mim mesma. Porque não adianta me culpar pela desonestidade alheia. E você também: vê se valoriza mais o seu coraçãozinho. Não espere que ninguém o faça por você. Tudo, tudo passa. Você fica.
Eu sei que vocês odeiam TBBT, mas preciso confessar: cada vez que penso que vou superar isso, me identifico mais com Sheldon e Amy. Tô muito triste de saber que é a última temporada. Ainda bem que (espero) ainda teremos Young Sheldon pra amar por algum tempo.
Quando comecei a assistir o prequel, assim que saiu, não imaginava que seria tão doce! Mais do que a paixão pelas desventuras do Sheldinho (que o Ian Armitage faz muito bem, diga-se de passagem), é delicioso acompanhar as dificuldades da família dele em lidar com as diferenças numa época e lugar em que as coisas eram bem mais difíceis que agora. Além de bem humorada, é cheia de referências que acabam me empolgando demais. Coloco lado a lado com Atypical na minha lista de famílias favoritas.
A segunda temporada acabou de começar e tá um chuchuzinho mesmo.
Abandonei o Inktober, mas pra compensar fiz um desafio lá no insta: pedi ideias malucas pro povo e saí desenhando todas. Me diverti demais! 🖤
O resultado vou postar no feed @arianefreitas ao longo da semana, caso você tenha perdido os stories!
Por falar em desenho, já posso explanar? As encomendas que eu estava fazendo na última semana eram da Wear Ever!!! Sim, agora, além das etiquetinhas com a minha foto que vivem marcando no insta, eu quero ver você marcando a arte do cartãozinho que eu fiiiz! Recebi a foto deles e to encantada demais! Sério. QUERO MAIS. To postando no @lovemaltine. 🖤
Comprei quadrinhos novos e essa newsletter em breve voltará a ser o que era no início! Tô empolgada esperando a Amazon na porta tipo o Scott Pilgrim.
AH! Nesse fim de semana tem bazar da Chica Bolacha + GG.Rie em São Paulo. Avisa as amigas gordas, pega na mão e corre lá! Tenho um voucher de 15% de desconto pra vocês mostrarem e aproveitarem!
Bom, acho que já deu pra notar que os dias andam difíceis, né? Então por hoje vai ser só isso!
Me manda um pouco de esperança se você tiver sobrando por aí?
Beijo!