Maltine do bairro #30 - falei de você na terapia.
oie! como vão as coisas por aí?
aqui tá tudo nebuloso, mas acho que só não tá preocupado quem já morreu por dentro.
(talvez seja meu jeitinho de ver as coisas, mas né)
eu amo a internet porque é onde a gente encontra iguais. por exemplo, vendo a live do Luan Santana nesse domingo (ou mesmo a da Fresno e do NX no início do mês), encontrei tanta gente que curtiu (e sofreu) como eu, e ama, e se emociona. a gente não consegue se esconder das hostilidades no mundo exterior, se as pessoas decidem que algo é ruim/chacota, elas vão zoar e pronto. mas na internet sempre vai ter alguém que curte junto com você.
foi assim até com o próprio bbb, que por muitos anos eu via as pessoas no mundo físico revirarem os olhos ao falar sobre, e na internet tinha um feed só com amigos que curtiam junto comigo. se bem que, no caso do bbb, a internet me desapontou esse ano. de repente, com todo mundo assistindo, virou o inferno na terra.
pelo menos acabou (e com o melhor final possível). eu não tava aguentando mais o bbb20. habitar na internet se tornou insalubre graças ao bbb20. quem diria que o maior efeito da quarentena no brasil seria a guerra de fandoms do bbb20.
pra desanuviar e manter essa conexão com quem pensa parecido e quer o meu bem, queria escrever newsletter todos os dias. mas aí percebi que era inviável - até porque meu trabalho é escrever e não tenho tido muito equilíbrio para executá-lo atualmente. então cedi aos instintos primitivos que estava segurando há mais de um ano e fiz um podcast só meu. é mais ou menos uma newsletter oral, e o primeiro episódio já está no ar. os próximos serão mais curtos, talvez temáticos. na verdade, queria um feedback antes de continuar. se você ouvir, me conta o que achou? me dá uma sugestão? <3
o nome dele é falei de você na terapia e já está disponível nas principais plataformas, tipo Deezer, Spotify... :)
ache aqui: http://anchor.fm/lovemaltine
#MaltineIndica S01E01
A pedidos, vou publicar aqui e na newsletter as indicações dos episódios, pra facilitar a vida de quem quiser acompanhar!
LIVRO: As Perguntas, de Antônio Xerxenesky
da Companhia Das Letras
Alina é uma personagem com quem consegui me identificar demais, para bem ou para mal. Ela é cética e estuda religiões - o que a faz parar no meio de um culto. Talvez por isso o terror que senti enquanto devorava as páginas chegou a ser palpável. Talvez por ser ambientado em São Paulo eu consegui enxergar, viver muitas das coisas junto com ela. É uma história que te faz querer ir além sem parar, por isso é rápida de ler e que, sim, te enche de perguntas no processo. Enfim, a gente mergulha numa investigação, no subconsciente de uma mulher que questiona as próprias decisões e o estilo de vida, no terror (me senti num episódio de supernatural em alguns momentos) e no final ainda fica querendo mais. Ri, questionei o ceticismo, questionei a fé e terminei suspensa e sem fôlego. Bateu até uma culpa por não ter lido antes.
SÉRIE: Grey’s Anatomy
(As 15 primeiras estão disponíveis na @NetflixBrasil, a última ainda está no ar)
Para quem está procurando entretenimento no maior estilo novelinha nessa quarentena, são 16 temporadas de drama e emoção dentro de um hospital, acompanhando uma turma de médicos desde o internato até se tornarem cirugiões, vendo a união deles crescer e desabrochar no meio de muito sangue, tretas e segredos de família, todo mundo pegando todo mundo, do jeito que a gente gosta.
SÉRIE: The Good Doctor
As duas primeiras temporadas estão disponíveis no Globoplay e no canal Sony. A terceira deve chegar em breve no Brasil.
Mais uma novelinha pra acompanhar dentro do hospital, é hoje uma das minhas séries favoritas (apesar do rant que você ouviu no episódio). Shawn Mendes, um jovem médico com autismo, vem do interior para a cidade grande para realizar seu sonho de ser cirurgião. Adoro ver a evolução do Shawn nos relacionamentos interpessoais e a evolução das pessoas ao redor dele também - porque é isso, ser brilhante não basta, a gente precisa saber se relacionar em comunidade.
ÁLBUM: Heartwork, do The Used
O álbum lançado na última semana tem um tom que me lembra muito o The Used pelo qual me apaixonei, lá em 2004, quando o emo entrou na minha vida. Não que ele seja caracterizado tecnicamente como Emo (talvez na segunda fase, quando virou estética) - a banda está ali no post-hardcore. Enfim, a banda amadureceu bem demais e as referências do Bert são muito preciosas. Não consigo parar de ouvir. Escuta aí e me diz o que acha. Mas só se você gostou. Se não gostou, escuta de novo. 😛
em breve eu passo por aqui com novidades (espero)
enquanto isso, beijo em ti! :)